Amanhã estarei na feirinha dessa edição especialíssima da Matriz Solidária, com prints e adesivos. Tá tudo tão lindo!
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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/storage/7/53/f9/bchaos1/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114Amanhã estarei na feirinha dessa edição especialíssima da Matriz Solidária, com prints e adesivos. Tá tudo tão lindo!
Eu falo pouco sobre minha vida pessoal nesse blog, mas quando falo os assuntos são quase sempre questões queer e meus lutos. É interessante isso, mas não sei por que. E tenho entendido cada vez menos. Dos lutos, quero dizer. As minhas questões queer estão cada vez mais simples, ao contrário da minha relação com as mortes que me bicudaram nos últimos tempos. Em todos os casos, fica o clichê que é clichê porque é verdade: é preciso dar o tempo necessário, nada mais. E nesse caso dessas últimas semanas, fica esse lamento sem lugar.
Esse eu terminei enquanto rolava a feirinha ontem no Instituto Helena Greco. Estive lá vendendo alguns porterzinhos e encontrei pessoas conhecidas há tempos e na hora, ao som foda da minha DJ Cris Foxcat. As interações calorosas acalentaram o calorão inevitável. E eu vendi quase tudo, só sobrou uma impressão. Rá!
“Bichinha!” e “viadinho!”
(A androginia é uma coisa muito divertida.)
“Sapatão de merda!”
Rá!
Sabe o Kaijune, aquele desafio de desenhar um kaiju (monstro gigante estilo Power Rangers) por dia no mês de junho? Esse, que é meu terceiro ano participando, está sendo meu preferido até então. Vou postar tudo aqui no final e em seguida darei continuidade ao projeto do ano passado e o Kaijune desse ano vai virar a nova edição do zine Kaijuzineo! Ai que saudade de fazer zines…
Parabéns pra mim!
Fever Ray me inspira.
Primeiro desenho do caderno novo!
Ah, esses homens…
sempre donos daquilo
que não é deles.
A última página do velho caderno e uma do novo.
No dia 24/04, a câmara de Belo Horizonte aprovou o Projeto de Lei 54/2021, proibindo a linguagem neutra nas escolas. Esse piti conservador não vai vingar, visto que o Supremo Tribunal Federal já vetou projetinhos semelhantes e os proibiu definindo-os como inconstitucionais, além disso o MEC já se posicionou sobre a linguagem neutra descrevendo sua proibição nas escolas como um desrespeito não sá a professores, como a alunes, que tem o direito de debater, participar e compreender as transformações da língua e sua vivência prática. Enquanto esses defensores de passados imaginários arrancam e mastigam suas cuecas em convulsões de nervo mal resolvido, a gente segue nosso lindo baile, tão vivo quanto a língua e muito mais vivo que a visão árida de mundo dessa gente que tem medo de nossas palavras. No dia seguinte, eu pude fazer essa arte na pilastra do Centro de Referência das Juventudes. |
Praticamente
tudo o que nos importa
é só invenção.
É fácil e tentador eleger o passado como um refúgio seguro ou modelo de tempos ideais. Já se comprovou que quanto mais distante, mais suscetível à falha é a memória. Pode ser assustadora essa noção, a de que a memória, nossa coleção do que nos constituiria, pode ser construída com projeções, reflexos de nossas inseguranças atuais ou eternas, decisões e edições inconscientes convenientes. Por isso, para extrair do passado suas lições mais sinceras, é preciso um trabalho para compreendê-lo de maneira dedicada e desinteressada na medida delicadamente exata. A única certeza é que ele é falho como nós.
Em novembro do ano passado, comecei um novo caderno de rascunhos, dessa vez com folhas cinzas pra experimentar outra relação com os valores, claro/escuro, essas coisas. Já postei aqui o que fiz nele durante esses primeiros meses de 2023. Invertendo a ordem, aqui está uma seleção do restinho de 2022.
Se você também costuma dizer e se queixar de que a sigla do movimento pelos direitos da diversidade sexual e de gênero está cada vez mais longa e os conceitos e identidades por trás dela, cada vez mais complicados, saiba que se tudo der certo só vai piorar pra quem não quer entender o básico. E o básico é: o ser humano é complexo. Enquanto tentarmos organizar a sociedade com caixinhas para as vivências e regras para as caixinhas, nunca será o suficiente. Mas não fomos nós, que tivemos que criar uma sigla para brigar para que nos deixem ser, que inventamos essa história de se enfiar em caixinhas. E já que vocês aí resolveram nos enfiar nelas, para dizer que a sua é a certa, então que lidem com caixas minimamente coerentes com nossa realidade. Ou melhor, mais coerentes na medida do possível. Vamos atualizando o trabalho de vocês. Acompanhem e se virem.