Mais de 2 meses depois do início da minha clausura em casa, precisei sair de verdade pela primeira vez para levar nossa gatinha recém-adotada para castrar. Pensei que o passeio, embora rápido e objetivo, arejaria minha mente já tão embotada de paredes e telas eletrônicas, mas todo o chão que percorro me coloca no epicentro do medo do invisível – o vírus, a indiferença e crueldade, o fascismo galopante, o poder que mata.